Sobre o trabalho “Flor Azul de Novalis (Centaurea cyanus) a Yemanjá” – Exposição Soçobro, de Lilian Maus
A pintura “Flor Azul de Novalis (Centaurea cyanus) a Yemanjá” é uma espécie de Monumento aos Náufragos de 1947 (Porto Lacustre Osório/Torres), história revisitada pela exposição Soçobro, de minha autoria, realizada a convite de Adriana Boff para o Paço dos Açorianos, em Porto Alegre.
A ideia do trabalho era ofertar um segmento da flor que foi inspiração para o mito romântico da “busca da flora azul” a cada um dos 20 Náufragos, cujos nomes estão inscritos manualmente nas placas douradas na margem inferior da madeira que serve de suporte à pintura.
Para chegar às formas, pesquisaei duas lâminas científicas da Flor Azul. Uma delas do botânico francês Amédée Masclef (Atlas des plantes de France, 1891).
A outra é do botânico sueco Carl Lindman (1856-1928), que tem belíssimas litografias e esteve, pra minha surpresa, no Rio Grande do Sul entre 1892-1894 e não pôde, em 1893, seguir suas incursões
pelas Missões por causa da guerra! (Lindman, “A Vegetação no Rio Grande do Sul”, 1974, p.107)